Resolvi deixar registrado aqui no meu blog algumas das histórias que meu pai me contava sobre a sua vida, desta forma eu vou tentar não deixar se perder uma parte da história da minha família.
O primeiro causo que vou contar, aconteceu quando meu pai ainda era solteiro e gostava de freqüentar os bailes de Fortaleza em companhia de um primo (não lembro o nome).
Certa vez foram os dois a uma dessas festas dançantes, e chegaram bem cedo. Como de praxe as moçoilas estavam sentadas em volta do salão aguardando que os destemidos rapazes às convidassem para dançar. O problema, no entanto, sempre era: quem vai quebrar o gelo e abrir o salão? Meu pai e seu primo resolveram então tomar coragem e enfrentar o desafio, escolheram uma dupla e fizeram o approach, envergonhadas as garotas disseram “não obrigada”, os dois automaticamente chamaram outras duas ao lado, que da mesma forma se negaram a aceitar a contradança, eles então passaram a convidar todas as meninas de duas em duas, que por sua vez (e já por brincadeira) diziam “não”. Deram a volta no salão levando foras. Chegando ao fim um olhou para o outro, perguntando-se “Quer dançar?”. E lá foram eles dois dançando sozinhos alegremente a valsa pelo salão vazio. Depois da brincadeira, e do sucesso, dançaram com quase todas as garotas da festa.
Pra terminar uma rapidinha: Em outra festa, esse primo de papai, como sempre chegou bem no início do baile e já foi chamando uma garota para dançar, ela respondeu educadamente ‘Desculpe, agora não, estou cansada!’ ele então, sem pestanejar, enfiou a mão no bolso retirou alguns cruzeiros e ofereceu-a dizendo: “Da próxima vez não venha a pé, pegue um ônibus!”
Acho que esse primo não era meu pai mas vou perguntar a ele se tem histórias curiosas com teu pai, depois conto.