Abril Pro Rock 2003: Eu Fui!

Só hoje, na quinta-feira pude sentar com calma para escrever sobre o que eu vi e senti na versão 2003 do APR. No domingo por volta das dezoito e trinta horas, estou eu estacionando o carro numa tranquila ruazinha em frente a uma casa onde uma pacata família, sentada na calçada, conversava amenidades sob o sereno da noite que se iniciava. Tudo isso pra dizer que decidi não pagar R$3,00 de estacionamento.

Quando entrei já tocava no Palco 2 (o dos novatos) uma banda (não sei o nome) com uma levada regional bem interessante, mas não parei para assistir, fui dar uma conferida geral para ver se encontrava alguém conhecido. Minha primeira boa surpresa da noite foi encontrar a banquinha de uma Comic Shop que existe aqui em Recife e eu não conhecia, vou passar lá qualquer dia desses, a banquinha ficava na área da feira alternativa, onde se encontra desde brincos, piercings e badulaques, passando por CD’s alternativos e instrumentos musicais até camisas e tatuadores.

Logo em seguida subiu ao Palco 1 a primeira grande atração da noite Siba e a Fuloresta do Samba, trabalho solo de Siba que juntamente com Hélder (que conheci na época que fazíamos engenharia na Poli) e outros integrantes formam a banda pernambucana Mestre Ambrósio. Neste projeto ele toca com músicos da chamada Mata Norte de Pernambuco, um som bem autêntico mas com a marca da juventude. O público se empolgou com a ciranda e várias rodas se formaram, eu não arrisquei demonstrar toda a minha capacidade de cirandeiro, isso não foi uma ironia, na verdade eu sei cirandar, sei executar vários passos diferentes inclusive, pois 99% das pessoas só sabe o passo tradicional. Guardei energia para o resto da noite.

Mais uma atração no Palco 2, um caruaruense com banda e sotaque paulistas tocaram um som meio cool, durante esse show resolvi fazer um rango porque não tinha comido nada em casa, devorei um cachorro quente e dois espetinhos de frango mal passados regados a uma Pepsi tradicional.

Comecei a notar uma movimentação grande junto ao Palco 1 quando ainda rolava o show do cara de Caruaru, era a legião de fãs do Los Hermanos que notando a presença dos roadies da banda no palco, já se posicionava por lá esperando a atração carioca. Procurei um lugarzinho pra mim mais à direita mais ou menos em frente ao teclado do Bruno.

A banda entra e é ovacionada, gritaria geral, para resumir eles mandaram ver em um show ainda melhor do que aquele do ano passado. Tocaram umas três músicas do novo CD (que sai em maio) Ventura e fora essas que ninguém sabe a letra ainda, todas as outras foram acompanhadas pela galera presente. Para mim dois pontos altos do Show, Pierrot que teve como introdução o frevo mais famoso do mundo Vassourinhas e obviamente quase levou o Pavilhão a baixo, e finalmente a revelação de que A Flor que eu considero a melhor música deles (até agora) foi composta em conjunto por Marcelo e Rodrigo na Ladeira da Misericórdia em Olinda. Ao final, apesar dos insitentes chamados de Roger no Palco 2 o público não queria acreditar que tinha acabado e ficava pedindo bis! (Quer saber como foi a emoção de cima do palco? Então lê lá no blog do Bruno tecladista da banda.)

A baianinha Pity teve dificuldades para atrair o público para seu show no palco secundário as pessoas estavam cansadas e resolveram tomar uma cerveja ou fazer um lanche, mas eu até fiquei surpreso com a performance da garota, melhor ao vivo do que eu tinha visto na MTV, apesar das letras fraquinhas o som era forte. Nesse meio tempo encontrei um amigo de infância o Guilherme que foi um dos pioneiros das BBS em Recife e por sinal foi o pai dele o primeiro a ter um microcomputador lá no prédio, lembro que no aniversário dele a garotada só faltava entrar na tapa para digitar o programa BASIC no velho TK-80 do seu Gevilásio.

Fiquei conversando com Guila sobre os velhos tempos, internet, rock pernambucano e de repente acabou o show do titã Nando Reis. Ele queria ver de perto a apresentação da banda gaúcha Cachorro Grande que ele é fã e que eu não conhecia. Gostei apesar do vocalista exagerar um pouco na gritaria (fiquei com o ouvido direito apitando).

E pra terminar o show do IRA! que eu nunca tinha visto ao vivo, foi legal mas poderia ter sido melhor, eles tocaram muitas músicas que o público que não era fã não conhecia, resultado, depois de mais de 6 horas de rock a turma começou a sentar no chão, eles tocaram coisas antigas como Ninguém Precisa da Guerra e finalizaram com alguns hits com Edgard Scandurra exagerando nos efeitos eletrônicos. No bis tivemos a presença ilustre de Fred 04 para acompanhar a banda em três covers do The Clash inclusive com a sempre lembrada Should I Stay or Should I Go?

A parada acabou às 01:20h da madrugada da segunda, fui pra casa cansado mas feliz, nada como um show de Rock para descarregar tensões e energias acumuladas. That’s it!

0 thoughts on “Abril Pro Rock 2003: Eu Fui!

  1. Oi! Passei pra te convidar para o Encontro dos Blogueiros Pernambucanos: MANGUE BLOG PARTY II, que acontecerá no sábado, dia 03 de Maio, a partir das 22:30h, no Espaço Antonio Maria, na Rua do Bom Jesus (fica ao lado do Calypso). Detalhe: é FREE!!! Só paga o que consumir. Então não tem desculpa para a galera deixar de ir né? Passa lá no blog e se informa melhor! Confirma seua presença mandando email ou deixando um comment por lá! Ahhh e Boa Páscoa! Beijoos

Deixe um comentário para Déa Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.