O Abelardo da Hora certamente é o artista que eu mais interagi com sua obra!
Deixa eu explicar: Muita gente não sabe, mas em Recife há uma legislação de incentivo à Cultura que obriga as construtoras que atuam na cidade a incluírem uma obra de arte de algum artista pernambucano (normalmente escultura) à frente das construções, se você visitar o Recife observe.
A maior parte da minha infância e toda adolescência morei no “Edifício Cavalcanti de Albuquerque” que fica na “Rua da Hora” (em homenagem à família da Hora) e no meu prédio (era com essa possessividade que a garotada chamava o “Cavalcanti”), tinha na entrada uma enorme escultura do “Abelardo da Hora”, parecida com essa da foto abaixo (só que a nossa tocava flauta).
Isso mesmo, uma mulher nua enorme, sentada e tocando flauta lá no “Pê” (como chamávos o pilotis, por causa do botão P do elevador) que era nossa companheira de conversas animadas, confissões de amores platônicos, a “mancha” do “esconde-esconde” ou simplesmente um colo pra gente sentar.
Esse post foi escrito por causa de uma reportagem que apareceu na minha timeline do Facebook, que a Angela Claudia (Claudinha pra turma do Cavalcanti) curtiu, e quando vi aquela estátua na foto da matéria bateu uma saudade e não pude deixar de escrever esta homenagem à nossa infância!
Ah, eu ia esquecendo: Valeu Abelardo da Hora!
Oi Marcelo, não sei se ainda usa este blog, mas apenas hoje vi este seu artigo.
Que maravilha saber que meu avô fez parte (importante) de sua vivência no Recife.
Forte abraço desde aqui do Brasil.